Mudaram as regras do PROUNI – Programa Universidade para Todos, que agora permite bolsa de estudo para os jovens que também estudaram o Ensino Médio em escolas particulares.
Originalmente criado no começo dos anos 2000 para reduzir a desigualdade social, foi aquele que, dentre os programas sociais brasileiros, mais se destacou, aliás, destacou seus alunos participantes da rede pública de ensino.
Pesquisa realizada com mais de um milhão de universitários, realizada por professores da Unicamp e da University of Southern California, com amparo da FAPESP, mostrou que os bolsistas apresentaram melhor desempenho no ENADE do que universitários pagantes.
Antes exclusivo para os alunos da rede pública, agora o PROUNI passará a atender também os alunos da rede particular de ensino.
A mudança começou em dezembro de 2021, com a ampliação dos benefícios, a partir da MP – medida provisória 1075/21.
Na última terça-feira (03/05), a emenda foi aprovada pela Câmara dos Deputados e segue para sanção (aprovação ou não) do Presidente da República.
Sim, o PROUNI agora pode ser usado por alunos da rede particular.
Bolsa total ou parcial? O critério de renda continua valendo como antes, bolsas de 100% para os alunos com renda média familiar de até 1,5 salários mínimos e parcial para os que possuem renda de até 3 salários mínimos.
As mudanças já começam a valer para os vestibulares de inverno a partir de julho/2022.
Lembramos que a distribuição das bolsas obedece uma ordem de classificação, cuja prioridade continuará sendo do aluno que estudou o ensino médio em escola pública, seja de forma total ou parcial.
O texto ainda deixa claro que a “Pré-Seleção” para o PROUNI será realizada por meio da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e que na etapa final a faculdade privada poderá realizar o seu próprio processo seletivo (vestibular).
De certa forma o projeto é bom, já que atender os alunos da rede particular representa olhar para menos de 18% dos alunos matriculados no Brasil e em que muitas vezes a família se desdobra para dar uma educação particular para os filhos, mas nem sempre com o resultado em que se espera na hora do Vestibular e ENEM, muitas vezes precisando arcar com as despesas do ensino universitário.
Por Filiphe Falchioni – Mundo ENEM Pré-Vestibular
